Gestão Contábil - Imagem Ilustrativa

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Conheça os 7 pilares da contabilidade

Estar em sintonia com as práticas que norteiam a atuação do profissional de alto nível é muito importante para atuar com sucesso em qualquer segmento do mercado. Com o universo das ciências contábeis, a coisa não muda de figura. Por isso mesmo, resolvemos preparar um post explicando quais são os principais pilares da contabilidade.

Quando eles são seguidos à risca, um padrão de excelência é mantido e as pessoas que utilizam os serviços de um bom especialista no ramo têm melhor noção do que podem esperar e maior segurança em relação ao seu dinheiro.

Quer aprender um pouco mais sobre o assunto? Confira abaixo os 7 pilares da contabilidade:

1. Princípio da Entidade

O chamado Princípio da Entidade é baseado no reconhecimento do Patrimônio como objeto da Contabilidade, ou seja, reafirma a autonomia patrimonial por meio da diferenciação daquilo que pertence à pessoa física e à pessoa jurídica. Isso independe, inclusive, do fato de a finalidade do serviço estar ou não relacionada com a obtenção de lucros.

Na prática, isso ocorre de maneira recorrente, sobretudo com pequenas empresas que não contam com a assessoria de um profissional ou escritório de contabilidade e acabam enfrentando problemas. Gestores ou empreendedores acabam colocando despesas particulares como se fossem da instituição, o que pode gerar erros contábeis e questões legais.

2. Princípio da Prudência

O Princípio da Prudência costuma se fazer presente em diversos segmentos profissionais e, no mundo da contabilidade, ele se manifesta com muita relevância e destaque. Para contadores, ele está relacionado ao momento de mensurar e definir os ativos e passivos de uma empresa e também pode ser conhecido como Princípio do Conservadorismo.

Quando o especialista em ciências contábeis mede um ativo e ele apresenta opções igualmente válidas para a sua quantificação, será utilizado o de menor valor. Já para passivos, adota-se a alternativa de maior valor. Isso evita possíveis equívocos e descontroles financeiros, como a supervalorização dos ativos ou subvalorização dos passivos, por exemplo.

3. Princípio da Competência

O Princípio da Competência estabelece que as despesas e receitas precisam ser incluídas na apuração do resultado do momento no qual elas foram geradas. Quando houver correlação entre ambas, isso precisa ser feito de maneira simultânea, atendendo a outro princípio da contabilidade, que é o da Confrontação das Despesas com as Receitas.

Em caso de dúvidas, vale lembrar que deve prevalecer o período no qual as movimentações ocorreram. Isso pode não acontecer quando o regime adotado for o de caixa. Nele, o fato contábil é registrado apenas quando o passivo for liquidado. Um exemplo são os salários da empresa: embora referentes ao mês anterior, só são registrados no mês seguinte, quando forem pagos.

4. Princípio da Atualização Monetária

O Princípio da Atualização Monetária é bastante comum em algumas áreas do segmento, como a contabilidade consultiva, sobretudo nos dias de hoje, em que ocorrem muitas variações em relação aos diferentes tipos de moedas utilizados no mercado. Em outras palavras, qualquer mudança no poder aquisitivo em moeda nacional deve constar na demonstração.

Isso deverá ser feito por meio do ajuste da expressão formal dos valores do patrimônio, reconhecidos nos registros contábeis. Tal princípio é muito importante, pois devemos lembrar que uma moeda, por mais sólida que seja, não representa uma unidade constante em termos do poder aquisitivo, sobretudo se pensarmos em médio e longo prazos.

5. Princípio da Oportunidade

O Princípio da Oportunidade está relacionado ao momento no qual as eventuais variações patrimoniais devem ser registradas. Ele estipula que o profissional precisa fazer isso de forma imediata e integral, não impostando as causas que a originaram. Ele também precisa contemplar os aspectos físicos e monetários referentes à situação.

No caso de um evento futuro, ele deve ser registrado no ato em que se tornar tecnicamente estimável, desde que haja razoável certeza de que ocorrerá. Na prática, podemos ver isso em contingenciamentos, provisões para Férias e assim por diante. Em sociedades por ações, que devem expor informações para acionistas e investidores, o Princípio da Oportunidade é fundamental.

6. Princípio do Registro pelo Valor Original

O Princípio do Registro pelo Valor Original é autoexplicativo em seu próprio nome. Ele está relacionado às eventuais variações de patrimônio que podem acontecer, mas que devem ser registradas de acordo com o valor original das transações efetivadas, expressos em moeda do país. Isso deve incluir desde os ativos até o patrimônio líquido, por exemplo.

Na prática, se a avaliação for realizada no Brasil, o registro deve ser feito em Reais. Além disso, os valores devem ser mantidos na estimativa de variações patrimoniais posteriores, que configurarem agregações ou decomposições.

Por se tratar de um princípio extremamente rico em detalhes, em caso de dúvidas, assim como para todos os outros dessa lista, você pode consultar a publicação do Conselho Regional de Contabilidade que aborda o tema.

7. Princípio da Continuidade

O Princípio da Continuidade é o último de nossa lista e afirma que a continuidade ou não de uma organização ou entidade deve ser considerada na análise das variações patrimoniais, tendo em vista que isso influencia no valor econômico dos ativos e, dependendo do caso, até nos passivos, sobretudo quando houver extinção de sociedade determinada, prevista ou previsível.

A ideia é de que a informação sirva para uma demonstração mais justa e fidedigna, dentro do contexto da empresa e do mercado. Além disso, se houver ou for antevisto que haverá um fato relevante e de influência na continuidade normal da instituição, isso deverá ser divulgado através de Nota Explicativa, até para a adequada aplicação do Princípio da Competência.

Depois de conferir este conteúdo, você já sabe quais são os principais pilares da contabilidade, não é mesmo? O seu conhecimento é muito importante para uma atuação profissional de qualidade e em sintonia com o que o Conselho Regional de Contabilidade espera dos seus afiliados.

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